segunda-feira, 18 de abril de 2011

Avanhandava Pictures apresenta: "A História de Pessach"

Vejam a melhor remontagem da história de pessach desde a saída do Egito!

Click no link: http://www.youtube.com/watch?v=3w0e4fEJge8

Pessach Kasher vesameach para todos!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Educação vem de casa

Texto do rabino Michel Schlesinger, para a Revista da CIP – mar/11

A educação tem um papel de destaque dentro do judaísmo. Entre as diversas possibilidades de ensino, aquela que se destaca é a dos pais. Segundo a nossa tradição, os pais têm a obrigação de educar os próprios filhos. Muitas vezes, eles pagam uma boa escola e acreditam que estão cumprindo sua parte. Porém, a realidade é outra. A escola tem um papel fundamental na transmissão de conteúdo. Aprender sobre hipotenusas, termodinâmica, capitanias hereditárias ou análise morfológica é importante, mas não substitui aquilo que só uma mãe ou um pai podem ensinar.
O mesmo acontece em relação à educação judaica. Muitos pais se lamentam pelos filhos abandonarem as raízes do nosso povo. Quando eu pergunto a eles: o que você fez para que isso não acontecesse? A resposta é: coloquei minha filha em um colégio judaico ou dei ao meu filho um bom professor de bar-mitsvá. Mas a pergunta continua sem resposta: e o que VOCÊ tem feito?
Se o judaísmo é um valor importante para os pais, eles precisam dizer isto aos seus filhos.
Quando ouvimos a palavra ‘comunicação’, imediatamente pensamos em telefone, internet. Por que será que não pensamos em pais e filhos sentados na sala de casa conversando? Infelizmente, esses momentos de reunião familiar são cada vez mais raros. Se as conversas são atípicas, os temas existências são mais escassos ainda.
Pouco tempo se tem para falar dos assuntos práticos do dia-a-dia, e tempo nenhum sobra para as questões da alma. A criança, quando pequena, não para
de perguntar: ‘Onde vive Deus?’ ou ‘Para onde as pessoas vão quando elas morrem?’. Depois que as crianças crescem um pouco, as perguntas deixam de ser feitas. E por quê? Será que o ser humano deixa de ter dúvidas? Não, as pessoas
cansam de perguntar e não ouvir respostas ou escutar respostas apressadas e superficiais. E, se deixamos de responder, deixamos de perguntar.
Estamos próximos à Pessach, a festa das perguntas e das respostas. O mandamento importante desta festa é um presente de Deus, conversar com os filhos: ‘Vehigadtá Lebinchá’. Não importa o tipo do filho, se sábio ou se ingênuo. Existe uma maneira de se abordar as diferentes questões.
Pais não precisam saber tudo, mas precisam estar dispostos a conversar sobre tudo. A resposta não é mais importante do que a conversa em si. E o aprendizado se dá nos dois sentidos. Pais têm muito a aprender.
Vamos dar atenção às perguntas que nos são feitas. Que o diálogo seja parte do cenário das nossas casas e que nossas atitudes reforcem aquilo que nossas palavras indicam.